UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ao Sabor dos Ventos


Entre ventos de folhas,
ontem,
... remansos recados
bailaram cansados.

Entre ventos de folhas,
hoje,
... anoiteci cantando,
Horizontes madurando.

Entre ventos de folhas,
amanhã,
... amarei saudades,
adocicadas teimosas.

Porque. . .
tua luz,

... carícia de brisa sorriso
... mares de ondas revoltas,
beijará minh’alma
sempre, sempre,
mesmo AO SABOR DOS VENTOS!

(Autora: Alvina Tzovenos)

Nenhum comentário: