Casamento caipira
Uma das mais divertidas tradições das festas juninas é,
sem dúvida, o casamento caipira – também chamado
de "casório matuto".
A representação, em tom de brincadeira,
é cheia de malícia e conotações sexuais.
A história sofre pequenas variações, mas o enredo
é sempre o mesmo: a noiva fica grávida antes do
casamento e os pais obrigam o noivo a se casar com ela.
Desesperado, o noivo tenta fugir, mas é impedido
pelo delegado e seus soldados, que arrastam o
"condenado" ao altar e vigiam a cerimônia.
Depois que o casamento é realizado, inicia-se a quadrilha.
Os diálogos podem ser criados livremente,
desde que as personagens
se preocupem em carregar bastante no sotaque caipira.
Veja, a seguir uma sugestão para a encenação:
se preocupem em carregar bastante no sotaque caipira.
Veja, a seguir uma sugestão para a encenação:
Personagens: Padre, Coroinha, Noiva,
Noivo, Delegado, Soldados, Pais da noiva e Padrinhos.
Cenário: representação de um altar de Igreja ou capela.
Os convidados estão posicionados em duas fileiras,
deixando o centro para a noiva.
O padre, no altar, cercado pelos coroinhas e padrinhos,
anuncia a chegada da noiva, que entra com o pai.
Padre – A noiva tá chegando! Vamo batê parma pr'ela,
pessoar!!! Cadê o noivo ???
Noiva – Ai mãe, ele num vem, acho que vou dismaiá...
(simula um desmaio e é acudida pela mãe e pela madrinha.
O pai da noiva faz um sinal para o delegado se aproximar
e cochicha alguma coisa em seu ouvido.
O delegado concorda com a cabeça.)
Delegado – Pera aí seu padre; eu já vô buscá ele.
(sai acompanhado por dois soldados armados
de espingarda e cassetetes. Em seguida entra o
noivo encurralado pelo delegado, que permanece
no altar, grande parte da cerimônia,
para que o "condenado" não fuja.)
Padre – Bão, vamo começá logo esse casório.
Ocê, Ciquinha Dengosa, promete, de coração,
prá marido toda vida, o Pedrinho Foguetão?
Noiva – Mas que pregunta isquisita seu vigário faz prá mim...
Eu vim aqui mais o Pedrinho num foi prá dizê que sim???
Padre – E ocê Pedrinho, que me olha assim tão prosa,
qué mesmo prá sua esposa a Sinhá Chiquinha Dengosa?
Noivo – Num havia de querê, num é essa minha
opinião mas, se não caso com a Chiquinha ,
vô direto pro caixão... (diz isso olhando de esguelha
para o delegado, que segura uma espingarda)
Padre – Então, em nome do cravo e do manjericão,
caso a Chiquinha Dengosa com o Pedrinho Foguetão!
E Viva os noivos!
Convidados - VIVA!!! (conforme os noivos passam,
os convidados jogam arroz)
Padre – E vamo pro baile, pessoar!!!
E começa a quadrilha.
(Fonte: www.procampus.com.br)
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