UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sexta-feira, 25 de junho de 2010

São João - São João Batista

A relevância do papel de são João Batista reside
no fato de ter sido o "precursor" de Cristo,
a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada
do Messias, insistindo para que os judeus
se preparassem, pela penitência, para essa vinda.

Segundo o Evangelho de Lucas, João, mais tarde
chamado o Batista, nasceu numa cidade do reino de Judá,
filho do sacerdote Zacarias e de Isabel,
parenta próxima de Maria, mãe de Jesus.
Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que
precederam o nascimento do menino.
Isabel, estéril e já idosa, viu sua vontade
de ter filhos satisfeita, quando o anjo Gabriel
anunciou a Zacarias que a esposa lhe daria um filho,
que devia se chamar João.

Depois disso, Maria foi visitar Isabel.
"Ora quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
a criança lhe estremeceu no ventre,
e Isabel ficou repleta do Espírito Santo.

Com um grande grito, exclamou:
'Bendita és tu entre as mulheres e bendito
é o fruto do teu ventre!
Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?'" (Lc 1:41-43).

Todas essas circunstâncias realçam o papel
que se atribui a João Batista como precursor de Cristo.
Alguns intérpretes judeus o consideraram um
membro da rígida seita judaica dos essênios.
No ano 28 a.C., João Batista passou a ser conhecido
como profeta. Alertava o povo para a proximidade
da vinda do Messias e praticava um ritual
de purificação corporal por meio de imersão
dos fiéis na água, para simbolizar uma
mudança interior de vida.

João batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo,
dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser
batizado por ti e tu vens a mim?" (Mt 3:14).

Mais tarde, João foi preso e degolado por
Herodes Antipas, por denunciar a vida imoral
do governante. Marcos relata, em seu evangelho (6:14-29),
a execução: Salomé, filha de Herodíades,
mulher de Herodes, pediu a este,
por ordem da mãe, a cabeça do profeta,
que lhe foi servida numa bandeja.
O corpo de João foi, segundo Marcos,
enterrado por seus discípulos.

Hoje celebramos a Solenidade de São João Batista,
ou como é popularmente conhecida,
a festa de São João ou festa junina,
com fogueira, fogos de artifícios, comidas típicas,
quadrilha, arraial e muita alegria.

Coloco a seguir um reflexão sobre este grande
santo da Igreja católica, para aqueles que desejam
aprofundar um pouquinho a sua fé.

"No mês de junho, a nossa mãe Igreja comemora
a Solenidade da Natividade de São João Batista,
o profeta que foi, em sua essência,
o fiel arauto do Reino de Deus.
João Batista é, excepcionalmente, o único santo
a quem a Igreja dedica duas de suas festas:
o nascimento e o martírio.
Esse fato singular já é suficiente para despertar
nossa atenção acerca desse profeta que,
por meio de sua voz,
anunciava um reino iminente,
renovando a promessa feita por Deus
aos patriarcas do Antigo Testamento.

Já no Antigo Testamento encontramos passagens
que se referem a João Batista. Ele é anunciado
por Malaquias e, principalmente, por Isaías.
Os outros profetas são um prenúncio do Batista
e é com ele que a missão profética atinge
a sua plenitude. Ele é, assim, um dos elos entre
o Antigo e o Novo Testamento.

São João Batista despertou para a vocação profética,
para o cumprimento de sua missão, ainda no ventre
de sua mãe, de onde, estremecendo de alegria,
já anunciava a presença do Cristo,
do Salvador dos homens.

Em sua primeira manifestação, ele nos ensina que
a felicidade é o sentimento inerente a toda pessoa
que está repleta da graça divina.
Ao atingir a maturidade, o Batista se encaminhou
para o deserto e, nesse ambiente, preparou-se,
por meio da oração e da penitência,
para cumprir sua missão. Mediante uma vida
extremamente coerente, ele não cessava jamais
de chamar os homens à conversão, advertindo:

"Arrependei-vos e convertei-vos,
pois o reino de Deus está próximo". (Mt 3,2)

São João Batista viveu integralmente a sua vocação,
pois sabia que devia "preparar o caminho do Senhor,
aplainar as suas veredas".

Ele não se deixou levar pelos erros ou pelas
imperfeições. Basta perceber que, quando diante
de Herodes, todos se deixavam influenciar
pelos respeitos humanos; ele, sem hesitar, denunciava:

"Herodes, não te é lícito ficar com Herodíades,
mulher de teu irmão." (Mc 6,18)

E, diante da incoerência dos fariseus e dos saduceus,
ele interrogava:
"Raça de víboras,
quem vos ensinou a fugir da ira que está por vir?". (Mt 3,7).

A vaidade, o orgulho, ou até mesmo a soberba,
jamais estiveram presentes em São João Batista
e isso pode ser comprovado pelos relatos evangélicos.
Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele foi
confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente,
retrucou: "Eu não sou o Cristo!" (Jo 3,28)

E "não sou digno de desatar a correia de sua sandália". (Jo 1,27).

Quando seus discípulos hesitavam,
sem saber a quem seguir, ele apontava em direção
ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo,
ao exclamar:
"Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo1,29).

Desta maneira, o Cristo obtinha seus primeiros
discípulos, André e João Evangelista,
discípulos formados inicialmente na escola
do rio Jordão.

João Batista ocupa um lugar de destaque no
Novo Testamento, pois ele foi a fiel testemunha
de Cristo, foi quem preparou em tudo o caminho
do Messias. Por amorà verdade, ele não hesitou
nem mesmo diante da possibilidade de perder a
própria vida, pois já reconhecia o valor da vida eterna.
O Batista é, indubitavelmente,
um exemplo de amor e de fidelidade ao Cristo;
ele cumpriu plenamente sua vocação profética.

E por meio de um gesto de carinho, o próprio Cristo
demonstrou o Seu agradecimento, deixando-se
batizar por João e tecendo-lhe um belo elogio:

"Dentre os nascidos de mulher, não há ninguém
maior do que João". (Lc 7,28)

Deus elogia São João Batista e manifesta a
importância desse profeta, pois um elogio divino
é sempre grandioso. Cabe, então, a nós,
nos esforçarmos para conhecer melhor o Batista.

Ao atingir a maturidade, o Batista se encaminhou
para o deserto e, nesse ambiente, preparou-se,
através da oração e da penitência - que significa mudança
de atitude, para cumprir sua missão.

Através de uma vida extremamente coerente,
não cessava jamais de chamar os homens à conversão,
advertindo:

"Arrependei-vos e convertei-vos,
pois o reino de Deus está próximo".

João Batista passou a ser conhecido como profeta.
Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias
e praticava um ritual de purificação corporal
por meio de imersão dos fiéis na água,
para simbolizar uma mudança interior de vida.

João Batista foi decapitado por ser coerente,
autêntico, e por amar a Verdade, mas a sua voz
continuou ressoando, pois quando Cristo realizava
seus primeiros milagres, Herodes, afirmava:

"João, que eu mandei decapitar, foi ressuscitado!" (Mc 6,16)

A vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba,
jamais estiveram presentes em São João Batista
e podemos comprová-lo pelos relatos evangélicos.

Por sua austeridade e fidelidade cristã,
ele é confundido com o próprio Cristo, mas,
imediatamente, retruca:

"Eu não sou o Cristo" (Jo 3, 28) e
"não sou digno de desatar a correia de sua sandália". (Jo 1,27).

Quando seus discípulos hesitavam,
sem saber a quem seguir, ele apontava em direção
ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo,
ao exclamar:

"Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).

João batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo,
dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado
por ti e tu vens a mim ?" (Mt 3:14).

Mais tarde, João foi preso e degolado por
Herodes Antipas, por denunciar a vida imoral
do governante. Marcos relata, em seu evangelho
(6:14-29), a execução: Salomé, filha de Herodíades,
mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe,
a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja.
corpo de João foi, segundo Marcos, enterrado
por seus discípulos.

(Fontes:www.planetanews.com/www.pcrc.utopia.com.br/www.santuariosjb.com.br
(trecho do artigo escrito por Aloísio Parreiras)/www.mab.org.br)

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