Category: | Books |
Genre: | Literature & Fiction |
Author: | Dean Koontz |
Sinopse: Deucalião é um homem truculento e silencioso, cheio de cicatrizes, que preserva um terrível segredo guardado há séculos. Na sombria Nova Orleans, ele será a chave para deter um assassino em série que elege suas vítimas segundo um critério o bizarro.
O multimilionário Victor Hélio esconde nos porões de sua fábrica um moderníssimo laboratório de pesquisas genéticas no qual trabalha dia e noite tentando criar o protótipo de uma raça superior. Duzentos anos atrás, uma experiência macabra com pedaços de corpos de criminosos dera vida a uma criatura assombrosa, com uma força descomunal, que acabaria por renegar o próprio criador. Entre a frustração insuperável pela perda do filho e a ambição de dominar o mundo, Victor Hélio constrói passo a passo o seu exército de seres mutantes – seres que na visão de Hélio, são desprovidos de alma e de inteligência. Da pior forma possível, ele descobrirá que esteve enganado o tempo todo.
O charme deste eletrizante romance policial é garantido pela dupla de investigadores Carson O'Connor e Michael Maddison. Ela, endurecida pela experiência de quem perdeu o pai na mesma profissão que escolheu e precisa zelar pela vida do irmão autista. Ele, acostumado a enfrentar o dia a dia da divisão de Homicídios com uma pitada de bom humor e uma sensibilidade incomum. O´Connor e Maddison têm poucas horas para deter o psicopata que elimina vítimas aparentemente sem nenhuma relação entre si. Ajudados pelo gigante Deucalião, os dois investigadores descerão ao inferno para tentar salvar a própria pele e impedir que a humanidade seja escravizada aos poucos por uma mente perversa.
*******
Uma história instigante e que levanta vários questionamentos e sentimentos durante a leitura. Não é um simples livro policial – como eu erroneamente pensei – mas uma história que traz, além da parte policial, toda uma metalinguagem e um mistério que vai além das fronteiras de nossa imaginação.
Eu não li o livro Frankenstein original – de Mary Shelley – mas vi um documentário certa vez em que se comentava que a história representava o Homem tentando brincar de Deus. A partir do momento em que Victor cria o Monstro – ele passa a ser o deus da criatura! E há todo o aspecto moral de se mexer com as leis naturais e subvertê-las.
Dean Koontz consegue transportar esse conflito de forma magnífica para essa história! Victor Hélio é o próprio Victor Frankenstein – vivo há mais de 200 anos e ainda pesquisando e transgredindo e desrespeitando a natureza! Agora ele vem criando um exército de seres - o qual chama de Nova Raça – e tem planos muito tenebrosos para eles.
O livro traz capítulos curtos e o leitor se sente como que montando um grande quebra-cabeça, pois o autor vai apresentando os personagens e ações de forma dinâmica, aguçando a curiosidade e fazendo com se fique imaginando para onde ele está nos conduzindo.
O casal de detetives – Carson e Michael – tem muita química e é do tipo “eles se amam, mas fazem de conta que nada está acontecendo entre eles” o que faz o virar das páginas para ver a interação entre eles seja algo prazeroso. Michael tem um senso de humor fantástico e me peguei rindo muito com ele.
E Deucalião! Que personagem fantástico! Desde o início vemos que ele é um homem muito sofrido e com uma história de dor e busca e crescimento pessoal muito grande! Um personagem realmente marcante!
Dean Koontz nos mostra vários personagens – Randal 6, Erika 4, entre outros seres criados por Victor – e, através deles, e da forma como interagem com o mundo que os cerca, vamos percebendo que Hélio não está tão no controle quanto imagina. Vemos que, por mais cuidados e salvaguardas que ele cria e implanta nos seres da Nova Raça; o meio, o anseio de ser mais do que se é, a crise de identidade em se ver como um ser sem alma, tudo influencia e faz com que esses seres questionem a si mesmos e ao Pai que os criou.
E é aqui que entra a metalinguagem que falei, pois um dos grandes responsáveis pelos questionamentos são os livros! A leitura edifica e faz com que os anseios e sentimentos interfiram na programação de Victor! Adoro quando vemos o livro como algo transformador, como algo que ajuda a pessoa a crescer, a se questionar, a se transformar. E Dean Koontz realmente consegue transmitir essa mensagem de forma muito criativa.
O multimilionário Victor Hélio esconde nos porões de sua fábrica um moderníssimo laboratório de pesquisas genéticas no qual trabalha dia e noite tentando criar o protótipo de uma raça superior. Duzentos anos atrás, uma experiência macabra com pedaços de corpos de criminosos dera vida a uma criatura assombrosa, com uma força descomunal, que acabaria por renegar o próprio criador. Entre a frustração insuperável pela perda do filho e a ambição de dominar o mundo, Victor Hélio constrói passo a passo o seu exército de seres mutantes – seres que na visão de Hélio, são desprovidos de alma e de inteligência. Da pior forma possível, ele descobrirá que esteve enganado o tempo todo.
O charme deste eletrizante romance policial é garantido pela dupla de investigadores Carson O'Connor e Michael Maddison. Ela, endurecida pela experiência de quem perdeu o pai na mesma profissão que escolheu e precisa zelar pela vida do irmão autista. Ele, acostumado a enfrentar o dia a dia da divisão de Homicídios com uma pitada de bom humor e uma sensibilidade incomum. O´Connor e Maddison têm poucas horas para deter o psicopata que elimina vítimas aparentemente sem nenhuma relação entre si. Ajudados pelo gigante Deucalião, os dois investigadores descerão ao inferno para tentar salvar a própria pele e impedir que a humanidade seja escravizada aos poucos por uma mente perversa.
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Uma história instigante e que levanta vários questionamentos e sentimentos durante a leitura. Não é um simples livro policial – como eu erroneamente pensei – mas uma história que traz, além da parte policial, toda uma metalinguagem e um mistério que vai além das fronteiras de nossa imaginação.
Eu não li o livro Frankenstein original – de Mary Shelley – mas vi um documentário certa vez em que se comentava que a história representava o Homem tentando brincar de Deus. A partir do momento em que Victor cria o Monstro – ele passa a ser o deus da criatura! E há todo o aspecto moral de se mexer com as leis naturais e subvertê-las.
Dean Koontz consegue transportar esse conflito de forma magnífica para essa história! Victor Hélio é o próprio Victor Frankenstein – vivo há mais de 200 anos e ainda pesquisando e transgredindo e desrespeitando a natureza! Agora ele vem criando um exército de seres - o qual chama de Nova Raça – e tem planos muito tenebrosos para eles.
O livro traz capítulos curtos e o leitor se sente como que montando um grande quebra-cabeça, pois o autor vai apresentando os personagens e ações de forma dinâmica, aguçando a curiosidade e fazendo com se fique imaginando para onde ele está nos conduzindo.
O casal de detetives – Carson e Michael – tem muita química e é do tipo “eles se amam, mas fazem de conta que nada está acontecendo entre eles” o que faz o virar das páginas para ver a interação entre eles seja algo prazeroso. Michael tem um senso de humor fantástico e me peguei rindo muito com ele.
E Deucalião! Que personagem fantástico! Desde o início vemos que ele é um homem muito sofrido e com uma história de dor e busca e crescimento pessoal muito grande! Um personagem realmente marcante!
Dean Koontz nos mostra vários personagens – Randal 6, Erika 4, entre outros seres criados por Victor – e, através deles, e da forma como interagem com o mundo que os cerca, vamos percebendo que Hélio não está tão no controle quanto imagina. Vemos que, por mais cuidados e salvaguardas que ele cria e implanta nos seres da Nova Raça; o meio, o anseio de ser mais do que se é, a crise de identidade em se ver como um ser sem alma, tudo influencia e faz com que esses seres questionem a si mesmos e ao Pai que os criou.
E é aqui que entra a metalinguagem que falei, pois um dos grandes responsáveis pelos questionamentos são os livros! A leitura edifica e faz com que os anseios e sentimentos interfiram na programação de Victor! Adoro quando vemos o livro como algo transformador, como algo que ajuda a pessoa a crescer, a se questionar, a se transformar. E Dean Koontz realmente consegue transmitir essa mensagem de forma muito criativa.
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