UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Se não houver confiança, afaste-se


Amor não pode ser ciumento, é impossível.
Sempre é confiante, e se algo acontece que quebra a sua confiança,
você tem que aceitar isso; nada pode ser feito a respeito,
porque tudo o que você fizer destruirá o outro.
A confiança não pode ser forçada; o ciúme tenta forçar.
O ciúme tenta, obriga-o a fazer qualquer esforço para que a confiança possa ser mantida.
Mas confiança não é algo para ser mantido; está lá ou não está.
E eu digo novamente, nada pode ser feito a respeito.
Se estiver lá você continua; se não estiver lá, melhor afastar-se.
Mas não lute para isso, porque você está desperdiçando tempo, vida.
Se você ama alguém e o seu interior fala com o interior do outro,
você tem uma reunião de seres, é bom, bonito; se não estiver acontecendo, afaste-se.
Mas não crie qualquer conflito, luta ou briga para mudar isso,
porque não é algo que pode ser alcançado por meio de uma briga e o tempo será perdido,
e não só o tempo, a sua capacidade será prejudicada.
Você pode começar novamente com outra pessoa repetindo o mesmo padrão.
Portanto, se não houver confiança, afaste-se, quanto mais cedo, melhor,
assim você não será destruído, assim você não será prejudicado,
assim sua capacidade para amar permanecerá fresca e você poderá amar outro alguém.
Esse não é o lugar, esse não é o homem, essa não é a mulher para você.
Mudem, mas não destruam um ao outro.
A vida é muito curta e as capacidades são muito delicadas; elas podem ser destruídas,
e, uma vez danificadas, não há como consertar.

(Autor:  Osho)

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