No céu de um azul profundo
as nuvens baixas, brancas, esgarçadas,
ameaçam como patas de dragão.
Giram, circunvolvem, assustam
como se fossem anti-gravuras de Dürer,
a Morte, mas a Morte branca, de algodão e sonho.
As nuvens giram, fiapos iluminados de sol,
em pleno topo do céu.
Arquipélagos convulsos, luminosos.
O vento agita o salgueiro e o liquidâmbar.
No jardim as estátuas se oferecem nuas,
nuas de um branco terreno, sem a luz das nuvens.
Nada mais belo existe,
e a vida é um dom azul, um dom azul e branco.
Neste momento somos deuses,
deuses que temos por limite
a nossa própria pele e o azul do céu.
O tempo arredondou-se azul:
parou no azul do céu
girando como nuvem
cujo movimento fosse a pausa.
Enquanto dura a pausa, somos imortais. Imóvel
é o presente, e nele nos cravamos.
(Autor: Péricles Eugênio da Silva Ramos)
as nuvens baixas, brancas, esgarçadas,
ameaçam como patas de dragão.
Giram, circunvolvem, assustam
como se fossem anti-gravuras de Dürer,
a Morte, mas a Morte branca, de algodão e sonho.
As nuvens giram, fiapos iluminados de sol,
em pleno topo do céu.
Arquipélagos convulsos, luminosos.
O vento agita o salgueiro e o liquidâmbar.
No jardim as estátuas se oferecem nuas,
nuas de um branco terreno, sem a luz das nuvens.
Nada mais belo existe,
e a vida é um dom azul, um dom azul e branco.
Neste momento somos deuses,
deuses que temos por limite
a nossa própria pele e o azul do céu.
O tempo arredondou-se azul:
parou no azul do céu
girando como nuvem
cujo movimento fosse a pausa.
Enquanto dura a pausa, somos imortais. Imóvel
é o presente, e nele nos cravamos.
(Autor: Péricles Eugênio da Silva Ramos)
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