Category: | Books |
Genre: | Literature & Fiction |
Author: | José Luís Peixoto |
Sinopse: Numa aldeia do Alentejo, com um pano de fundo de uma severa pobreza, o autor vai tecendo histórias de homens e mulheres, endurecidos pela fome e pelo trabalho, de amor, ciúme e violência: o pastor taciturno que vê o seu mundo desmoronar-se quando o diabo lhe conta que a mulher o engana; o velho e sábio Gabriel, confidente e conselheiro; os gêmeos siameses Elias e Moisés, cujo terna comunhão se degrada no momento em que um deles se apaixona; ou o próprio Diabo. As suas personagens são universais, assim como a sua esperança face à dificuldade.
«... a partir da segunda ou terceira sequência ficamos seguros de que a inclinação é fatal: vamos embater num limite, num muro, num enigma, na origem do mundo e no desastre final...»
*******
Comecei a ler este livro e não foi nada fácil de início. Senti muitas dificuldades em relacionar a história, o local e as personagens, mas depois de “entrar” por assim dizer no texto de Peixoto é uma sensação maravilhosa. Gostei tanto do livro. Quanto à trama só digo que é tão bonita e tão sincera que faz doer a alma do leitor.
Este livro conta-nos a história geracional das vidas de várias pessoas no Alentejo, um Alentejo real mas por várias vezes irreal. Identifiquei-me com várias coisas das histórias das vidas dessas pessoas. Algumas personagens lembraram-me o meu pai, o olhar do meu pai, as mãos do meu pai.
É um livro triste, desde o seu inicio até o seu fim. Mas ao mesmo tempo é bonito e de uma sensibilidade impressionante.
Transcrevo algumas das frases que mais gostei:
“Penso: talvez o sofrimento seja lançado às multidões em punhados e talvez o grosso caia em cima de uns e pouco ou nada em cima de outros.”
“Ainda que o peso do meu peito seja custoso, qual é o peso de um abismo?”
“Mesmo que seja para sofrer, tenho de ir encontro àquilo que serei, por ter sido isto e não poder fugir, não poder fugir de me tornar alguma coisa.”
“Ela era uma mulher. Pela forma feminina como tirava um lenço da mala e se assoava, pelo modo como mexia os lábios a remoer palavras miúdas, pela forma como alternava os pés impacientes.”
“Caminhei na noite. Ao regressar a casa, imaginando o que seria avançar naquelas ruas com a certeza de que ela me esperava, caminhei na noite.”
«... a partir da segunda ou terceira sequência ficamos seguros de que a inclinação é fatal: vamos embater num limite, num muro, num enigma, na origem do mundo e no desastre final...»
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Comecei a ler este livro e não foi nada fácil de início. Senti muitas dificuldades em relacionar a história, o local e as personagens, mas depois de “entrar” por assim dizer no texto de Peixoto é uma sensação maravilhosa. Gostei tanto do livro. Quanto à trama só digo que é tão bonita e tão sincera que faz doer a alma do leitor.
Este livro conta-nos a história geracional das vidas de várias pessoas no Alentejo, um Alentejo real mas por várias vezes irreal. Identifiquei-me com várias coisas das histórias das vidas dessas pessoas. Algumas personagens lembraram-me o meu pai, o olhar do meu pai, as mãos do meu pai.
É um livro triste, desde o seu inicio até o seu fim. Mas ao mesmo tempo é bonito e de uma sensibilidade impressionante.
Transcrevo algumas das frases que mais gostei:
“Penso: talvez o sofrimento seja lançado às multidões em punhados e talvez o grosso caia em cima de uns e pouco ou nada em cima de outros.”
“Ainda que o peso do meu peito seja custoso, qual é o peso de um abismo?”
“Mesmo que seja para sofrer, tenho de ir encontro àquilo que serei, por ter sido isto e não poder fugir, não poder fugir de me tornar alguma coisa.”
“Ela era uma mulher. Pela forma feminina como tirava um lenço da mala e se assoava, pelo modo como mexia os lábios a remoer palavras miúdas, pela forma como alternava os pés impacientes.”
“Caminhei na noite. Ao regressar a casa, imaginando o que seria avançar naquelas ruas com a certeza de que ela me esperava, caminhei na noite.”
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