UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

domingo, 6 de dezembro de 2009

Jesus, o Grande Presente dado por Deus a Nós!








DAR PRESENTES NO NATAL É BOM QUANDO SE VIVE NELE
O PRESENTE DE DEUS!


Misturam-se dois tipos de natais. Um é o das vitrines enfeitadas,cintilantes e abarrotadas de coisas e mercadorias. Bastam fantasias e desejos seduzirem a mente e a vontade e já se embrulham os presentes. E as caixas registradoras ou computadores armazenam os cifrões. Outro é o Natal da Bíblia. O antigo. Imune ao marketing.

Aquele do mistério de Jesus: o grande presente dado por Deus a nós.

Pode ser vivido apenas na simplicidade do coração e com a alegria indivizivel da liberdade interior alheia à cultura consumista. Os cristãos conscientes jamais o trocarão pelo das virines.
Mas contemplarão absortos na fé o Deus que se encarnou. Adorarão ao Verbo eterno e humanado!
Nada impede o êxtase diante desse presente divino: Jesus o Emmanuel, o Deus conosco.
Sem dúvida precisamos nos previnir dos enganos e das seduções da mídia e do ambiente de propaganda.
O natal da mídia atiça a superexcita a dependência humana das emoções de momentos e da vertigem do consumo oportunista. A mídia parece ter uma varinha mágica. Cria a impressão de um bem-estar, um estado de felicidade acessível a todos.
Alimenta a fantasia das crianças e a euforia dos adultos. O único esforço a fazer é comprar presentes e decorar a árvore de natal. Descartam-se as motivações religiosas natalinas.
Ainda que os interesses da propaganda apostem no papai Noel dando-lhe a festa que
não lhe pertence, jamais será possível ignorar que nosso grande presente de Natal é o seu dono Jesus Cristo.
É por causa dele e nele partilhamos o seu amor na solidariedade sincera uns com os outros. Na extrema pobreza do estábulo de Belém o menino recém-nascido não teve o presente nem o conforto.
Mas recebeu o carinho extremo de Maria, sua mãe, e de José, o pai adotivo.
Como é absurdo o Natal se a fé na encarnação não é o presente divino acolhido no coração!

(Autor: Pe. Antonio Clayton Sant'Anna)

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