UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

domingo, 6 de dezembro de 2009

Adeste Fideles - Cristãos, vinde todos!

Christmas Myspace Dividers



Adeste Fideles é uma das mais populares canções natalinas de todos os tempos e a autoria da letra e da música é disputada por muitos países. Há quem aponte São Boaventura (século XIII) como o autor da letra, outros indicam o rei português D. João IV (século XVII) e outros o músico inglês John Francis Wade (Século XVIII). Conta-se também que a melodia da canção foi cantada por representantes portugueses durante um encontro entre um embaixador de Portugal e o rei britânico na Inglaterra. Sabe-se apenas que o texto original foi escrito em latim.
Há traduções em muitas línguas, algumas com grandes diferenças para o que se considera ser o original. Em português, encontrei a versão Cristãos, vinde todos, adaptada por Fr. Emílio Scheid.
Abaixo, a letra em latim e em seguida uma tradução literal para o português. Mais adiante, a versão Cristãos, vinde todos.

Adeste Fideles

Adeste, fideles, laeti triumphantes;
Venite, venite in Bethlehem.
Natum videte Regem angelorum.
Venite adoremus, venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum.

Deum de Deo, lumen de lumine,
Parturit virgo mater,
Deum verum, genitum, non factum.
En grege relicto, humiles ad cunas
Vocati pastores approperant:
Et nos ovanti gradu festinemus.

Stella duce, Magi Christum adorantes,
Aurum, thus, et myrrham dant munera.
Jesu infanti corda praebeamus.

Aeterni Parrentis splendorem aeternum
Velatum sub carne videbimus,
Deum infantem, pannis involutem.

Pro nobis egenum et foeno cubantem
Piis foveamus amplexibus;
Sic nos amantem quis non redamaret?

Tradução:

Ó venham,todos os fiéis, Alegres e triunfantes
Ó venham, ó venham para Belém!
Venham e sigam-No, Nasceu O Rei dos anjos!
Ó venham adorá-Lo! Ó venham adorá-Lo!
Ó venham adorá-Lo! Cristo, o Senhor!

Ó venham,fiéis, Alegres e triunfantes
Ó vinde,Ó vinde à Belém!
Vejam, nasceu O Rei dos anjos.

Ó vinde adoremos, ó vinde adoremos,
ó vinde adoremos O Senhor!
Cristãos, vinde todos.

1.Cristãos. vinde todos, com alegres cantos
Oh! vinde, oh! vinde até? Belém.
Vêde nascido vosso Rei eterno.

Refrão:

Oh! vinde adoremos!
Oh! vinde adoremos!
Oh! vinde adoremos Salvador!

2.Humildes pastores deixam seus rebanhos
E alegres acorrem ao Rei dos céus
Nós igualmente, cheios de alegria.

3.O Deus invisível de eternal grandeza,
Sob véus de humildade, podemos ver.
Deus pequenino, Deus envolto em faixas!

4.Nasceu em pobreza, repousando em palhas,
O nosso afeto lhe vamos dar.
Tanto amou-nos! Quem não há de amá-lo?

5.A estrela do Oriente conduziu os Magos
E a este Mistério envolve em luz.
Tal claridade, também, seguiremos.


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Nota: Em relação à autoria da letra e música de "Adeste Fidelis" sempre existiu uma grande controvérsia, sendo atribuída a portugueses, ingleses, franceses, alemães, entre outros. Todos tentam demonstrar através dos poucos factos que existem que o autor da música pertencia ao seu país. Os ingleses, por exemplo, consideram que a "Adeste Fidelis" pertence a John F. Wade, tanto a letra como a música. Sabe-se que esta música foi cantada na embaixada portuguesa em Londres em 1797. Muitos consideram que "Adeste Fidelis" é da autoria do rei português D. João IV.

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