UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Os Frutos Secos


A apresentação de uma grande variedade de frutos secos no Natal
é mais do que uma questão gastronômica.
Os frutos secos têm uma ligação
muito forte e particular com o solstício do Inverno.
Na antiga Roma,
eram um presente habitual durante as celebrações e eram
especialmente apreciados pelas crianças,
que os valorizavam quer como brinquedos quer como comida.Os rapazes divertiam-se a jogar ao berlinde com eles.
Entre as classes sociais mais elevadas,
os frutos secos tornavam-se mais especiais por serem cobertos de ouro,
e estes frutos secos
dourados serviam quer como presentes quer como decorações.
Para os romanos, cada tipo de fruto seco tinha um significado especial.
As avelãs evitavam a fome,
as nozes relacionavam-se com a abundância e prosperidade,
as amêndoas protegiam as
pessoas dos efeitos da bebida.
Por isso, os frutos secos que colocamos à mesa no Natal são
mais do que simples alimentos,
é um antigo costume romano que promete a ausência de fome,
pobreza e protege contra os excessos da bebida.

(Autor Desconhecido)

Nenhum comentário: