As águas pela noite estão caladas
e mais barcos vão chegando à mesma foz.
As águas pela noite estão serenas
e os barcos que regressam adormecem.
Ficámos com as mãos mais apertadas
dois apenas sufocando um grande medo.
Ficámos com os olhos mais parados
que as quilhas destes barcos de segredo.
A noite aglutinou lençóis de espuma
e as areias cobriram-se de redes.
Os barcos nesta noite não arquejam,
são mudos na verdade do silêncio.
(Autor: José Carlos Gonzaléz)
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