UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

História do Dia de Finados



O Dia de Finados é o dia da celebração da
vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. 
É o Dia do Amor, porque amar 
é sentir que o outro não morrerá nunca.
É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. 
Pois, a vida cristã é viver em comunhão
íntima com Deus, agora e para sempre.
 
Desde o século I, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século IV, já encontramos a Memória 
dos Mortos na celebração da missa. 
Desde o século V, 
a Igreja dedica um dia por ano 
para rezar por todos os mortos, 
pelos quais ninguém rezava 
e dos quais ninguém se lembrava.

Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), 

João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam 
a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.
Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos 

é comemorado no dia 2 de Novembro, 
porque no dia 1º de Novembro é a festa de "Todos os Santos".

O Dia de Todos os Santos celebra todos 
os que morreram em estado de graça 
e não foram canonizados. 
O Dia de Todos os Mortos celebra todos os 
que morreram e não são lembrados na oração.

(Autor: Mons. Arnaldo Beltrami)

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