Que guardam as florestas pela noite?
Duendes, adivinhos, virgens loucas.
Repousos animais, leves respirações.
Olhares que só no escuro
se perdem da cegueira.
Molezas e frescuras vegetais.
Trabalhos lentos, exatos,
de operários incansáveis.
Cumprida a noite,
as florestas preparam as vestes matinais.
Com os cuidados de mulheres antigas,
com véus de névoa encobrem a nudez.
E, quando o novo dia as visitar,
estarão serenas, hirtas,
cobertas dos seus verdes radicais.
Duendes, adivinhos,
virgens loucas são agora invisíveis, impalpáveis.
Tornam-se seivas, agulhas, frutos altos.
Obedecem ao vento.
São reais.
(Autora: Licínia Quitério)
Duendes, adivinhos, virgens loucas.
Repousos animais, leves respirações.
Olhares que só no escuro
se perdem da cegueira.
Molezas e frescuras vegetais.
Trabalhos lentos, exatos,
de operários incansáveis.
Cumprida a noite,
as florestas preparam as vestes matinais.
Com os cuidados de mulheres antigas,
com véus de névoa encobrem a nudez.
E, quando o novo dia as visitar,
estarão serenas, hirtas,
cobertas dos seus verdes radicais.
Duendes, adivinhos,
virgens loucas são agora invisíveis, impalpáveis.
Tornam-se seivas, agulhas, frutos altos.
Obedecem ao vento.
São reais.
(Autora: Licínia Quitério)
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