Se a tristeza vier por qualquer motivo,
faça o seguinte:
Assopre o pensamento triste, deixe
escorrer a última lágrima,
conte até vinte.
Abra então a janela, aquela que dá
para o vôo dos pardais,
procure a luz que pisca lá na frente.
(evite as sombras que ficaram lá para trás).
Ao encontrá-la, coloque-a dentro
do peito, de tal jeito que
possa ser notada do lado de fora;
acrescente agora uma pitada
de poesia, do tipo que passa por nós
todos os dias e nem sequer
consegue ser notada; aumente o brilho
com toda a intensidade de que
um sorriso é capaz.
A felicidade é o seu limite e...
o paraíso é você mesmo(a)
quem faz.
(Autor Desconhecido)
UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Se a tristeza
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