O mar é de um azul profundo,
Que nos invade,
Que atinge,
Que perpassa como uma bala...
Então, é como uma explosão interna!
É como um pássaro esvoaçando,
Que nos abre as asas,
Como se nos abraçasse.
Como se nos quisesse dizer algo.
Dizer que o mundo é belo.
Abrir-nos o coração à vastidão do universo,
E lembrar-nos que somos infinitos.
Não se deixar amordaçar,
Não se esconder, não se restringir.
Abrir a alma e deixar o sol invadi-la.
Encontrando no azul profundo do mar,
O que pensávamos ter perdido:
A essência do divino que cada um comporta.
Deixar gotejar o suor da face,
Na busca de uma solução.
E encontrá-la no canto dos pássaros,
No coração dos famintos,
Nas esperanças dos pobres...
E deixar-se rejuvenescer,
Deixar-se invadir,
Deixar-se ser amada.
Porque sim, porque se pode...
Olhando o pôr-do-sol,
Deixando-se inundar pelo azul do mar,
E afogar-se no pó das estrelas.
(Autora: Paula Silva)
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