O
Precursor do Messias
“E tu, menino serás chamado de Profeta
do Altíssimo, pois irás adiante
do Senhor
preparar-lhe os caminhos”. (Lucas
1,76)
No alto das montanhas da Judéia,
em Hebron, distante oito
milhas de Jerusalém, vivia
um casal santo, e que diante de
Deus eram justos – Zacarias e
Isabel.
Apesar de estarem avançados na idade,
nutriam em seus
corações o desejo de gerar um
filho, um descendente.
Eram considerados malditos, pois
não tinham filhos.
O Sacerdote Zacarias, num certo
dia em que estava
desempenhando as funções de seu
ministério, no templo de
Jerusalém, entrou no Santuário
para queimar incenso,
enquanto o povo orava. De repente
apareceu-lhe, então à
direita do altar dos perfumes, um
anjo.
Ao perceber o espanto de
Zacarias, o anjo lhe disse: “Não
temas, Zacarias, por que Deus
ouviu tua oração. Tua mulher
dar-te-á um filho, a quem darás o
nome de João.
Muitas coisas falou o anjo a
respeito do menino, inclusive
que ele seria cheio Espírito
Santo, e que iria adiante
do Messias.
Zacarias questionou o anjo e
argumentou a idade avançada
dele e da sua esposa Isabel. O
anjo respondeu: “Eu sou
Gabriel e meu lugar é diante de
Deus; e é dele que trago tal
mensagem. Porém como não
acreditaste em minhas palavras,
ficarás
mudo, até o dia em que tudo isso se cumprir.”
Em cumprimento do que fora predito,
Zacarias sai do templo
sem conseguir pronunciar nenhuma
palavra. Retornando
para casa depois de alguns dia,
pode confirmar a gravidez de
sua esposa, pois para Deus nada é
impossível.
Em Nazaré, Maria é visitada
também por Gabriel, e tão logo
ouve a saudação do anjo, profere
o sim da redenção da
humanidade, por Cristo Jesus.
O anjo comunica sobre a gravidez
de sua parenta Isabel em
seu 6º mês. Maria vai as pressas
até o Hebron.
Eis que um encontro memorável
estava para acontecer, o
encontro do precursor e do
Messias, cada qual no ventre
de sua mãe.
Tão logo Isabel ouve a saudação
de Maria, o seu ventre pula
de alegria e ela exclama:
“Bendita és tu entre as mulheres e
bendito o fruto do teu ventre,
donde me vem à honra de vir
a mim a mãe do meu Senhor...
João Batista foi batizado no
ventre de sua mãe, ao ouvir a
saudação de Maria; o estrecer foi
provocado pela ação do
Espírito Santo de Deus.
Lá na casa de Isabel e Zacarias,
a mãe do Senhor permanece
por alguns meses servindo das
mais diversas maneiras.
Pouco antes do nascimento do
menino, Maria retorna para
Nazaré deixando os corações dos
parentes, apertados de
saudade e gratidão.
Isabel da a luz ao menino, toda a
vizinhança correu para
saudar o filho primogênito do
sacerdote Zacarias.
No oitavo dia todos se reuniram
para a circuncisão do
menino, os que estavam presentes
sugeriram que o menino
tivesse o nome do pai Isabel
contestou e disse: “Ele se
chamará João”. Zacarias estando
mudo escreveu o nome de
João numa tábua e imediatamente
voltou a falar, e cheio de
alegria no Espírito Santo
exclamou:
“Bendito seja o Senhor de Israel!”
A cada dia o menino crescia e
enchia de encanto os vizinhos e
moradores das montanhas da Judéia
que exclamavam:
“Que será um dia este menino?”
João era um jovem orante e
atuante que movido pelo Espírito
Santo, foi para o deserto em
busca de santificação. Trajava
vestes de pele de camelo, tinha
os rins cingidos com uma
cinta de couro e alimentava-se de
gafanhotos
e mel silvestres.
Santo Agostinho diz que, em São
João o mundo teve pela
primeira vez a experiência do
Eremitério.
Quando completou 30 anos, recebeu
uma ordem divina para
deixar o deserto e anunciar a
vinda do Messias
e preparar-lhe o caminho.
João percorre a região do Jordão
pregando um batismo de
penitencia para remissão dos
pecados.
João era um profeta que no
verdadeiro sentido
da palavra, anunciava e
denunciava.
Sobre João, o próprio Cristo
disse:
“Que entre os nascidos de mulher,
não há maior profeta
que João Batista.”
Jesus vai ao Jordão, vai ao
encontro de João, era dele que
o próprio João havia dito: “Eu
batizo na água, para a
penitência, mas vem outro, que é
mais poderoso que eu, e de
quem eu não sou digno de desatar
as correias das sandálias,
ele vos batizará no Espírito
Santo e no fogo.”
Ao avistar o Senhor, João ficou
extasiado e disse:
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira
os pecados do mundo.”
Cumpria-se o que
tinha Isaías profetizado.
Jesus entra na água, João não se
acha digno de batizá-lo,
Jesus insiste para que o rito
permaneça. O Espírito Santo
desceu sob a forma de uma pomba o
céu se abriu, e do céu
ouviu-se uma voz:
“Este é meu filho muito amado,
em que pus minha complacência.”
Jesus segue seu caminho e João
sua missão de denunciar as
injustiças, o abuso de poder, as
imoralidade, as ofensas
as leis de Deus.
João os chama de serpentes,
víboras, e pelo seu tom
ameaçador e denunciador é preso
por Herodes.
O Rei Herodes vivia com a esposa
de seu irmão, e com a
maior naturalidade desfilava com
ela pelos palácios
da corte.
João condena a atitude dos dois,
por adultério, e os chama a
conversão e penitência. A amante
de Herodes influencia a
filha a pedir a cabeça de João
Batista numa bandeja de prata.
Herodes atende, e João é
decapitado.
João quer
dizer Jhwn (Javé) mostra sua benevolência.
O grande escritor Flávio Josefo
denomina João como um
homem bom que estimulava os
judeus no exercício
da virtude.
João Batista é aquele que fecha o
antigo testamento e abre
o novo, apresentando a todos a
figura do Cristo Redentor.
O que o tornou tão importante
para a história do
Cristianismo é que, além de ser o
último profeta
a anunciar o Messias, foi ele
quem preparou o caminho
do Senhor com pregações
conclamando os fiéis à mudança
de vida e ao batismo de
penitência (por isso “Batista”).
Como nos ensinam as Sagradas
Escrituras:
“Eu vos batizo na água, em vista
da conversão; mas aquele
que vem depois de mim é mais
forte do que eu: eu não sou
digno de tirar-lhe as sandálias;
ele vos batizará
no Espírito Santo”. (Mateus
3,11)
O grande santo morreu na
santidade e reconhecido pelo
próprio Cristo.
São João Batista, rogai por nós!
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