UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Santos Juninos - Dia 13 de Junho - Santo Antônio

SANTO ANTÔNIO
Saiba um pouco da história de
Santo Antônio de Pádua

No dia 13 junho, a Igreja Católica celebra o dia de Santo
Antônio de Pádua, um dos santos mais populares, venerado
não somente em Pádua, onde foi construída uma basílica
que acolhe os restos mortais dele, mas no mundo inteiro.
São estimadas pelos fiéis as imagens e estátuas que o
representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o
Menino Jesus nos braços, que lembram uma aparição
milagrosa mencionada por algumas fontes literárias.
Santo Antônio Nasceu em Lisboa, em uma família nobre,
por volta de 1195, e foi batizado com o nome de Fernando.
Começou a fazer parte dos cônegos que seguiam a regra
monástica de Santo Agostinho, primeiramente no mosteiro
de São Vicente, em Lisboa, e depois no da Santa Cruz, em
Coimbra, renomado centro cultural de Portugal. se com
interesse e solicitude ao estudo da Bíblia e dos Padres
da Igreja, adquirindo aquela ciência teológica que o fez
frutificar nas atividades de ensino e na pregação.
Em Coimbra, aconteceu um fato que mudou sua vida:
em 1220, foram expostas as relíquias dos primeiros cinco
missionários franciscanos que haviam se dirigido a
Marrocos, onde encontraram o martírio.
Esse acontecimento fez nascer no jovem Fernando o desejo
de imitá-los e de avançar no caminho da perfeição cristã:
então, pediu para deixar os cônegos agostinianos e
converter-se em frade menor. A petição foi acolhida e,
tomando o nome de Antônio, também ele partiu para
Marrocos. Mas a Providência divina dispôs outra coisa.
Devido a uma doença, Santo Antônio se viu obrigado a
voltar à Itália e, em 1221, encontrou São Francisco.
Depois disso, viveu por algum tempo totalmente escondido
em um convento perto de Forlì, no norte da Itália.
Convidado, casualmente, a pregar por ocasião de uma
ordenação sacerdotal, Antônio mostrou estar dotado de tal
ciência e eloquência, que os superiores o destinaram à
pregação. Começou, assim, na Itália e na França, uma
atividade apostólica que levou muitas pessoas que haviam
se separado da Igreja a retomarem sua participação
e engajamento na vida eclesial.
Nomeado como superior provincial dos Frades Menores da
Itália Setentrional, Antônio continuou com o ministério da
pregação, alternando-o com as tarefas de governo.
Concluído o mandato de provincial, retirou-se para perto
de Pádua, local em que já havia estado outras vezes.
Depois de apenas um ano, morreu nas portas da cidade,
no dia 13 de junho de 1231. Pádua, que o havia acolhido
com afeto e veneração em vida, prestou-lhe sempre
honra e devoção.
Nos "Sermões", Santo Antônio discorre sobre a oração
como uma relação de amor, que conduz o homem
a conversar com o Senhor, criando uma alegria que envolve
a alma em oração. Antônio nos recorda que a oração
precisa de uma atmosfera de silêncio, que não coincide
com o afastamento do barulho externo, mas é experiência
interior, que procura evitar as distrações provocadas pelas
preocupações da alma. Para Santo Antônio, a oração se
compõe de quatro atitudes indispensáveis que, no latim,
definem-se como: obsecratio, oratio, postulatio, gratiarumactio.
Poderíamos traduzi-las assim:
abrir com confiança o próprio coração a Deus,
conversar afetuosamente com Ele, apresentar-lhe
as próprias necessidades, louvá-lo e agradecer-lhe.

(Fonte: Extraído e adaptado da Catequese do Papa Bento XVI 
no dia 10 de fevereiro de 2010)

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