O PÃO DOS POBRES
Essa
prática consiste em doações para prover de pão os
pobres,
honrando assim o "protetor dos pobres"
que é
Santo Antônio. Uma tradição liga essa obra ao
episódio
de uma mãe cujo filho se afogou dentro de um
tanque,
mas recuperou a vida graças a Santo Antônio.
A
mulher prometera que, se o filho recuperasse a vida,
daria
uma porção de trigo igual ao peso do menino.
Por
isso, no começo, esta obra foi conhecida como a obra
do
"pondus pueri" (peso do menino).
Outra
tradição relaciona a obra do pão dos pobres
com
uma senhora de Tbulon, chamada Luísa Bouffier.
A
porta do seu armazém tinha enguiçado de tal modo que
não
havia outro remédio senão arrombar a porta.
Fez,
então, uma promessa ao santo: se conseguisse abrir
a
porta sem arrombá-la, doaria aos pobres uma quantia
de
pães. E deu certo. Daí por diante, as petições ao santo
foram
se multiplicando em diferentes necessidades.
Toda
vez que alguém era atendido, oferecia certa quantia
de
dinheiro para o pão dos pobres. A pequena mercearia
de
Luísa Bouffier tornou-se uma espécie de oratório
ou
centro social. A benéfica obra do "pão dos pobres"
teve
extraordinário desenvolvimento, com diferentes
modalidades,
e hoje é conhecida em toda parte.
SANTO DAS COISAS PERDIDAS
Esta
tradição é antiquíssima, encontrando-se menção
dela
no famoso responsório "Si quaeris miracula",
extraído
do ofício rimado de Juliano de Espira.
Popularmente,
o "Siquaeris" é mencionado como
uma
oração para encontrar objetos perdidos.
A
crença pode estar ligada a episódios da vida de Santo
Antônio como
este: Quando ensinava teologia aos frades
em
Montpeilier, na França, um noviço fugiu da Ordem
levando
consigo o Saltério de Frei Antônio, com preciosas
anotações
pessoais que utilizava nas suas lições.
Antônio
rezou pedindo a Deus para dar jeito de reaver
o
livro e foi atendido deste modo: enquanto o fugitivo
ia
passando por uma ponte, foi subitamente tomado pelo
pavor,
parecendo-lhe ver o demônio na sua frente que o
intimava:
"Ou você devolve o Saltério ao Frei Antônio
ou vou
jogá-lo da ponte para o rio!" Assustado e
arrependido,
o jovem voltou ao convento com o saltério
e
confessou ao santo a culpa.
SANTO CASAMENTEIRO
Assim
é invocado pelas pessoas que desejam se casar e
lembrado
pelo nosso folclore. Não se sabe qual a origem
dessa
devoção. Talvez esteja ligada a algum milagre feito
pelo
santo em favor das mulheres, por exemplo, quando fez
um
recém-nascido falar para defender a mãe acusada
injustamente
de infidelidade pelo pai.
Mas há
outro episódio com explicação mais direta.
Certa
senhora, no desespero da miséria a que fora reduzida,
decidiu
valer-se da filha, prostituindo-a, para sair do
atoleiro.
Mas a jovem, bonita e decidida, não aceitou de
forma
alguma. Como a mãe não parava de insistir,
a moça
resolveu recorrer à ajuda de Santo Antônio.
Rezava
com grande confiança e muitas lágrimas diante
da
imagem quando, das mãos do Santo, caiu um bilhete
que
foi parar nas mãos da moça. Estava endereçado
a um
comerciante da cidade e dizia:
"Senhor
N..., queira obsequiar esta jovem que lhe entrega
este
bilhete com tantas moedas de prata quanto o peso
do
mesmo papel. Deus o guarde! Assinado: Antônio".
A
jovem não duvidou e correu com o bilhete na mão
à loja
do comerciante. Este
achou graça. Mas, vendo a
atitude
modesta e digna da moça, colocou o bilhete num
dos
pratos da balança e no outro deixou cair uma moedinha
de
prata. O bilhete pesava mais! Intrigado e sem entender
o que
se passava, o comerciante foi colocando mais uma
moeda
e outras mais, só conseguindo equilibrar
os
pratos da balança quando as moedas chegaram
a
somar 400 escudos.
O
episódio tornou-se logo conhecido e a moça começou
a ser
procurada por bons rapazes propondo-lhe casamento,
o que
não tardou a acontecer, e o casamento foi muito feliz.
Daí
por diante, as moças começaram a recorrer a Santo
Antônio
sempre que se tratava de casamento.
(Fonte: cnbb.org.br)
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