UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

domingo, 7 de dezembro de 2014

A Paz do Natal!

A paz do Natal
É com o que sonho
Para o futuro deste mundo
Onde vive o desamor.
Uma paz sem muros,
sem ódio e sem rancor.

A paz do Natal,
isenta de sangue e violência.
A paz entre os povos,
A paz nas consciências.

A paz do Natal,
Sem mãos assassinas,
Sem culpas, remorso e opressão.
Paz de um mundo novo,
Um mundo de irmãos.

Que lindo seria
Uma paz de alegria,
Repousante como a do Santo de Assis.
Paz duradoura e aconchegante,
Paz que os anjos cantaram
Na noite feliz.

Uma paz verdadeira,
Que não nasce onde predomina
A discórdia e o furor.
Paz luminosa, paz que tem
Como fonte primeira
O amor!

(Autor: Everaldo Lasch Moreira)

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