UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Doçura...



é a maestria dos sentidos.
Olhos que vêem o fundo das
coisas, ouvidos que escutam
o coração das coisas, boca que
fala a essência das coisas.
Doçura é o resultado de uma longa
jornada interior ao âmago da vida e a
habilidade de lá descansar e assistir.
O que é realmente doce nunca pode
ser vítima do tempo, porque doçura
é a qualidade da pessoa cuja vida
tocou a eternidade.

(Autor: Brahma Kumaris)

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