UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

domingo, 1 de abril de 2012

Profeta Eliseu: a música deve obedecer a regras divinas imutáveis


A música conduz a Deus  
da mesma maneira que a aritmética,
 pois segundo Santo Agostinho, 
os números e as proporções sensíveis levam a Deus.
 “‘Porque possuem regras imutáveis de modo 
algum instituídas pelos homens que
trasbordam da sagaz engenho’.
“Ora, de onde vêm estas leis imutáveis?
“Não do ser humano que cambia e morre,
mas de um Espírito superior eterno e imóvel que é Deus.
A música humana imita os coros angélicos 
 e constitui uma homenagem agradável a Deus.
David está ali para prová-lo.
 Eliseu procura na música um estímulo
para a inspiração profética;
o Apocalipse nos abre os Céus 
 e para mostrá-los cheios de cânticos e de música”.

(Autor: Edgar de Bruyne)

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