UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Espiritualidade do Advento



A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver 
alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, 
a esperança, a pobreza, a conversão. 
Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; 
daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. 
Portanto, não se está diante de algo irreal, 
fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. 
A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia (volta) do Senhor. 
Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é 
"Marana tha"! Vem Senhor Jesus!
O tempo do Advento é tempo de esperança 
porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); 
esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência 
diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.
O Advento também é tempo propício à conversão. 
Sem um retorno de todo o ser a Cristo, 
não há como viver a alegria 
e a esperança na expectativa da Sua vinda. 
É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" 
nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, 
através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. 
Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, 
se abandonar e depender inteiramente de Deus 
e não dos bens terrenos. 
Pobreza que tem n' Ele a única riqueza, 
a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, 
mansidão e posse do Reino.

(Fonte: Wikipédia.org)

Nenhum comentário: