Como um pássaro pousado
no topo de uma árvore,
Abril espera o tempo oportuno,
sabendo que tudo muda.
A erva mais insignificante
verdeja promessas de bom tempo,
quer o céu esteja cinzento, quer azul.
Entre o pólen doirado
que cai dos plátanos
passa a gente indiferente;
entre chispas incandescentes e feridas
canta e ajuda o vento.
Um Abril me vai trazer
pelo ar uma canção,
o meu amigo cantava-a,
também a quero cantar eu!
Ai Abril, mês amoroso,
ar de luz,
voo de sementes!
Que nos trará o rio de Abril
na sua corrente:
água pura, água turva,
boas horas ou tempos maus?
Serão de morte ou de vida
estas flores?
Eu quero a do meu amigo,
cravo de bons aromas.
Querido, não estejas triste
se te custa respirar,
se Março não nos trouxe mudança
um bom Abril o fará.
(Autora: Maria del Mar Bonet)
na sua corrente:
água pura, água turva,
boas horas ou tempos maus?
Serão de morte ou de vida
estas flores?
Eu quero a do meu amigo,
cravo de bons aromas.
Querido, não estejas triste
se te custa respirar,
se Março não nos trouxe mudança
um bom Abril o fará.
(Autora: Maria del Mar Bonet)
Nenhum comentário:
Postar um comentário