UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Sete Cores

Sete cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata

O sol tão resplandecente
Ilumina a floresta
E a lagarta lentamente
Do casulo se liberta

Ela agora é borboleta
E feliz põe-se a voar
Para as suas lindas cores
No arco-íris misturar

Voa, voa borboleta
Dando vida à floresta
E encontra bem depressa

O coelhinho a saltar.

(Autor Desconhecido)

Nenhum comentário: