UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

terça-feira, 11 de março de 2014

Coelhinho

De olhos vermelhos
 De pelos branquinhos
 De pulo bem leve 
Eu sou o coelhinho.
 Sou muito assustado 
Porém sou guloso 
Por uma cenoura
 Já fico manhoso.
 Eu pulo pra frente 
Eu pulo pra trás
 Dou mil cambalhotas
 Sou forte demais.
 Comi uma cenoura
 Com casca e tudo 
Tão grande ela era...
 Fiquei barrigudo!

(Autor Desconhecido)

Nenhum comentário: