A vida que vivemos encerrou-se
na concha de coral duma lembrança.
Por muros altaneiros confirmou-se,
volteia dentro deles em suave dança.
Liberta de sonhar, por tal fronteira,
condenada a um eterno redopio,
pusilânime e triste timoneira
balançando ao sabor do teu navio,
ó estranha expressão de movimento,
tão escrava de ti que não tens fim,
ó reduto fechado dum tormento
cujas mãos me maltratam só a mim,
deixa as aves lançarem no teu meio
essa sombra das asas por que anseio!
(Autora: Isabel Gouveia)
na concha de coral duma lembrança.
Por muros altaneiros confirmou-se,
volteia dentro deles em suave dança.
Liberta de sonhar, por tal fronteira,
condenada a um eterno redopio,
pusilânime e triste timoneira
balançando ao sabor do teu navio,
ó estranha expressão de movimento,
tão escrava de ti que não tens fim,
ó reduto fechado dum tormento
cujas mãos me maltratam só a mim,
deixa as aves lançarem no teu meio
essa sombra das asas por que anseio!
(Autora: Isabel Gouveia)
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