UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sábado, 22 de dezembro de 2012

A Paz



Ó meu menino Jesus,
Que nasceste pobrezinho,
Eu quero neste Natal
Pedir-Te um favorzinho.

Só quero que reine a paz
Neste mundo tão cruel
Ilumina todos os homens
Como a doçura do mel.

A todas as crianças do mundo
Eu queira dar brinquedos
Para que nos olhos delas
Acabassem todos os medos.

Queria que houvesse paz
E acabasse a tristeza
E que todos os homens tivessem
Um pedaço de pão na mesa.

(Autor Desconhecido)

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