UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Vida


De repente, num instante fugaz, 
os fogos de artifício anunciam 
que o ano novo está presente
 e o ano velho ficou para trás.
 De repente, num instante fugaz,
 as taças de champanhe se cruzam e o
 vinho francês borbulhante anuncia que
 o ano velho se foi e ano novo chegou. 
De repente, os olhos se cruzam,
 as mãos se entrelaçam e os seres humanos, 
num abraço caloroso, num só pensamento,
 exprimem um só desejo e uma só aspiração:
 PAZ E AMOR.
 De repente, não importa a nação,
 não importa a língua, não importa a cor,
 não importa a origem, porque todos são humanos 
e Descendentes de um só Pai, 
os homens lembram-se apenas de um só verbo:
 amar.
 De repente, sem mágoa, 
sem rancor, sem ódio, 
os homens cantam uma só canção,
 um só hino, o hino da liberdade. 
 De repente, os homens esquecem o passado,
 lembram-se do futuro venturoso, de como é bom viver. 
 De repente, os homens lembram-se 
 da maior dádiva que têm: a vida.
 De repente, tudo se transforma
 e chega o ano radiante de esperança,
 porque só o homem pode alterar os rumos da vida.
 De repente, o grito de alegria, 
 pelo novo ano que aparece. 
 FELIZ ANO NOVO!

(Autora: Caroline Rayel)

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