UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Oração aos Elementais
Pequeninos guardiães
Seres de luz infinita
De dia me tragam a paz
De noite os dons da magia
Invisíveis guardiães
Protejam os quatro cantos da minha alma
Os quatro cantos da minha casa
Os quatro cantos do meu coração.
Seres de luz infinita
De dia me tragam a paz
De noite os dons da magia
Invisíveis guardiães
Protejam os quatro cantos da minha alma
Os quatro cantos da minha casa
Os quatro cantos do meu coração.
(Fonte: portalangels.com)
Oração das Ondinas
Rei terrível do mar,
vós que tendes as chaves das cataratas do céu
e que encerrais as águas subterrâneas nas cavernas da terra;
rei do dilúvio e das chuvas da primavera,
a vós que abris as nascentes dos rios e das fontes,
a vós que ordenais à humidade,
que é como o sangue da terra,
de tornar-se seiva das plantas,
nós vos adoramos e vos invocamos.
A nós, vossas móveis e variáveis criaturas,
falai-nos nas grandes comoções do mar
e tremeremos diante de vós;
falai-nos também no murmúrio das límpidas águas,
e desejaremos o vosso amor.
Ó imensidade na qual vão perder-se todos os rios do ser,
que sempre renascem em vós!
Ó oceano das perfeições infinitas!
Altura que vos mirais na profundidade;
profundidade que exalais na altura,
levai-nos à verdadeira vida pela inteligência e pelo amor!
Levai-nos à imortalidade pelo sacrifício,
a fim de que sejamos considerados dignos de vos oferecer,
um dia, a água, o sangue e as lágrimas, para remissão dos erros.
Amém.
(Autora: Sonia Boechat Salema)
Oração das Salamandras
conduzido no carro que desliza sem cessar pelos mundos que dão sempiternas voltas;
dominador das imensidades etéreas,
onde está ereto o trono do teu poder,
sobre o qual teus olhos formidáveis descobrem tudo
e teus belos e santos ouvidos escutam tudo,
atende aos teus filhos,
que amaste desde o nascimento dos séculos;
porque a tua dourada,
grande e eterna majestade resplandece acima do mundo e do céu das estrelas;
estás elevado acima delas,
ó fogo faiscante;
aí, tu te acendes e te conservas a ti mesmo pelo teu próprio esplendor,
e saem da tua essência regatos inesgotáveis de luz,
que nutrem teu espírito infinito.
Este espírito infinito alimenta todas as coisas
e faz tesouro inesgotável de substância pronta à geração que elabora
e que se apropria das formas de que a impregnaste desde o princípio.
Deste espírito tiram também sua origem
estes reis mui santos que estão ao redor do teu trono
e que compõem a tua corte,
ó Pai universal! ó único! ó Pai dos felizes mortais e imortais.
Criaste, em particular,
potências que são maravilhosamente semelhantes ao teu eterno pensamento
e à tua essência adorável;
tu as estabeleceste superiores aos anjos,
que anunciam ao mundo as tuas vontades;
enfim, nos criaste na terceira ordem no nosso império elementar.
Aqui, o nosso contínuo exercício é louvar e adorar os teu desejos;
aqui, ardemos incessantemente aspirando possuir-te.
Ó pai! ó mãe! ó mais terna das mães!
ó arquétipo admirável da maternidade e do puro amor!
ó filho, flor dos filhos! ó forma de todas as formas,
alma, espírito, harmonia e número de todas as coisas!
Amém. Oração dos Silfos
Espírito
de sabedoria, cujo sopro dá
e retoma a forma de todas as coisas;
tu, diante de quem a vida dos seres é uma
sombra que muda e um vapor que passa;
tu, que sobes às nuvens e que caminhas nas asas dos ventos;
tu, que expiras, e os espaços sem fim são povoados;
tu, que aspiras, e tudo o que de ti vem a ti volta:
movimento sem fim da estabilidade eterna, sê eternamente bendito.
Nós te louvamos e te bendizemos no império móvel
da luz criada, das sombras, dos reflexos e das imagens,
e aspiramos incessantemente à tua imutável e imperecível claridade.
Deixa penetrar até nós o raio da tua inteligência e calor do teu amor:
então o que é móvel ficará fixo, a sombra será um corpo,
o espírito do ar será uma alma, o sonho será um pensamento.
E nós não seremos mais arrastados pela tempestade,
porém seguraremos as rédeas dos cavalos alados
da manhã e dirigiremos o curso dos ventos da tarde,
para voarmos diante de ti.
Ó espírito dos espíritos, ó alma eterna das almas,
ó sopro imperecível de vida, ó suspiro criador,
ó boca que aspiras e expiras a existência
de todos os entes, no fluxo e refluxo da tua eterna palavra,
que é o oceano divino do movimento e da verdade.
e retoma a forma de todas as coisas;
tu, diante de quem a vida dos seres é uma
sombra que muda e um vapor que passa;
tu, que sobes às nuvens e que caminhas nas asas dos ventos;
tu, que expiras, e os espaços sem fim são povoados;
tu, que aspiras, e tudo o que de ti vem a ti volta:
movimento sem fim da estabilidade eterna, sê eternamente bendito.
Nós te louvamos e te bendizemos no império móvel
da luz criada, das sombras, dos reflexos e das imagens,
e aspiramos incessantemente à tua imutável e imperecível claridade.
Deixa penetrar até nós o raio da tua inteligência e calor do teu amor:
então o que é móvel ficará fixo, a sombra será um corpo,
o espírito do ar será uma alma, o sonho será um pensamento.
E nós não seremos mais arrastados pela tempestade,
porém seguraremos as rédeas dos cavalos alados
da manhã e dirigiremos o curso dos ventos da tarde,
para voarmos diante de ti.
Ó espírito dos espíritos, ó alma eterna das almas,
ó sopro imperecível de vida, ó suspiro criador,
ó boca que aspiras e expiras a existência
de todos os entes, no fluxo e refluxo da tua eterna palavra,
que é o oceano divino do movimento e da verdade.
Amém.
(Autora: Sonia Boechat Salema)
Oração dos Gnomos
que tomaste a terra para apoio
e que cavaste os seu abismos para enchê-los com a vossa onipotência;
vós, cujo nome faz tremer as abóbadas do mundo,
vós que fazeis correr os sete metais nas veias das pedras,
monarca das sete luzes,
remunerador dos operários subterrâneos,
levai-nos ao ar desejável e ao reino da claridade.
Velamos e trabalhamos sem descanso,
procuramos e esperamos,
pelas doze pedras da cidade santa,
pelos talismãs que estão escondidos,
pelo cravo de imã que atravessa o centro do mundo.
Senhor, Senhor, Senhor,
tende piedade dos que sofrem,
desabafai nossos peitos,
desembaraçai e elevai nossas cabeças,
engrandecei-nos.
Ó estabilidade e movimento,
ó dia envolto na noite,
ó obscuridade coberta de luz!
ó senhor,
que nunca retendes convosco o salário dos vossos trabalhadores!
ó brancura argentina,
ó esplendor dourado!
ó coroa de diamantes vivos e melodiosos!
vós que levais o céu no vosso dedo,
como um anel de safira,
vós que escondeis em baixo da terra,
no reino das pedrarias,
a semente maravilhosa das estrelas,
vivei, reinai e sede eterno dispensador das riquezas de que nos fizestes guardas.
Amém.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
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