Cubro-me de folhas,
mortas por destino,
sangro-me de bagos,
grito-me de ventos,
morro das escolhas
que bebi por vinho.
E o pranto cadente
lava-me das chuvas,
unge-me das seivas,
adoçando os lábios
de preces tementes
dos logros das uvas.
Abandono os gestos
na hora dos tempos
que me cobram rios
que não travessei,
granjeio-me restos
apregoo aos ventos
e
vendo os proventos
do que não plantei.
(Autor Desconhecido)
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