UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sábado, 5 de outubro de 2013

Eu levo uma vida de cachorro!



Não me drogo,
 não odeio,
 não contamino, 
não invejo, 
não cobiço, 
não traio e, 
sobretudo não dependo de
 bens materiais para ser feliz!

(Autor: Lionel Falcon)

Nenhum comentário: