sexta-feira, 4 de maio de 2012

A castanheira



Se abatem sobre a terra os temporais
Em dias de fúria, fúria de jornada inteira
Caem as frágeis, as árvores banais...
Incólume, das mais fortes resta a castanheira.

Esta filha da terra de galhos colossais

De um verde nobre, orgulhosa e altaneira
Resiste sem pavor a destroçantes vendavais
Tranquila ao que pasma a mata inteira.

E, no entanto,é tão dócil esta gigante

Que açoitada, apenas frutos no chão despeja
Afetando meu coração poeta,poeta amante...

Que assim se comporte a mulher que se deseja

Imitando a árvore seja, forte e vibrante...
Mas delicada e doce como a castanheira seja.

(Autor: Guilherme Pamplona Puget)

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