sexta-feira, 4 de maio de 2012

Medo do Infinito



Sobre a montanha estava em certo dia,
Era quase ao morrer do sol...defronte,
Dos lados, aos meus olhos se estendia
A vastidão do lúgubre horizonte.

Infinito aos meus pés, tremendo, eu via,

Infinito por sobre a minha fronte,
E a Verdade a fugir-me à luz sombria,
À pavorosa luz do sol poente...

Súbito um medo veio-me...esmagado

Até quase à loucura deslumbrado,
Fico, imóvel, suspenso, aflito, aflito...

Que não há medo que enlouqueça tanto,

Como a indizível contorção de espanto,
O extraodinário Medo do infinito! 

(Autor: Emiliano Perneta)

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