quinta-feira, 20 de junho de 2013

Poema Nº 17


Esquece o tempo. O tempo não existe.
Acende a chama às límpidas lanternas.
Nossas almas, a ansiar no mundo triste,
são de uma mesma idade: são eternas.


Se no meu rosto lês mortais cansaços,
é natural. A luta foi renhida:
caminhei tantos passos, tantos passos
para que te encontrasse em minha vida...


Não medites o tempo. Se muito antes
de ti cheguei, para a áspera, inclemente
sina de navegar por este mar,


foi para que tivesse olhos orantes,
e me purificasse longamente
na infinita aflição de te esperar...


(Autor: Tasso da Silveira)

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