quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Os Campos



Campos por onde nunca passarei
no céu esverdeado deste agosto
- que me importa o que serei
se meu ser é um sol já posto.

Findo talvez – e todo branco
envolto em terra, escuro mosto.
Onde imaginar o que é franco
senão na limpidez só deste rosto?

Se morre agosto, outro tempo
sucede imutável ao próprio vento.
Campos sei, tão cheios de encantos

e tão devastados no momento
que são Campos e campos
ofertados a todos os espantos.

(Autor: Lúcio Cardoso)

Nenhum comentário:

Postar um comentário