“Um pierrô apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando...
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando...
Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o pierrô aconteceu assim...”
Com o pierrô aconteceu assim...”
(Noel Rosa; Heitor dos Prazeres, 1935)
Pierrot é uma personagem tipo de mimo e da Commedia dell’Arte, uma variação Francesa do Pedrolino Italiano. Na França do século XIX ele foi batizado como Pierrot, e assim ganhou o mundo. O seu caráter é aquele de um palhaço triste, apaixonado pela Colombina, que inevitavelmente lhe parte o coração e o deixa pelo Arlequim. O mais pobre dos personagens serviçais, vestia roupas feitas de sacos de farinha, tinha o rosto pintado de branco e originalmente não usava máscara. É tradicionalmente representado usando roupas largas e brancas, por vezes metade pretas, cara branca e uma lágrima desenhada abaixo dos olhos. A característica principal do seu comportamento é a sua ingenuidade, e é visto como um bobo, sendo sempre o alvo de piadas, mas mesmo assim continua a confiar nas pessoas. Não foi à toa que sua atitude, sua vestimenta e sua maquiagem influenciaram todos os palhaços de circo. Pierrot também é representado como sendo lunático, distante e inconsciente da realidade.
Tipifica a idealização do amor; um amor sonhador e ingênuo.
Tipifica a idealização do amor; um amor sonhador e ingênuo.
A versão francesa do personagem foi feita por Jean-Gaspard Deburau (1796-1846). Ele é o protagonista da famosa canção folclórica francesa "Au Clair de la Lune".
Soletrado "Pjerrot", o personagem é uma atração importante em Bakken, o parque de atrações mais antigo do mundo, na Dinamarca. Segundo a publicidade de Bakken, o personagem tem mais de 4.000 anos, e veio da Turquia (conhecida como Ásia Menor). Também é dito que nos tempos antigos, a boca larga vermelha era feita através do corte físico da boca para a alargar.
O cantor de cabaré Russo do século XX, Alexander Vertinsky, era famoso pela sua atuação como Pierrot, onde ele usava um terno preto e punha pó branco no rosto.
Pierrot, Arlequim e Colombina
Integrantes de uma trama cheia de sátira social, Pierrot, Arlequim e Colombina representam serviçais envolvidos em um triângulo amoroso. Pierrot ama Colombina, que ama Arlequim, que, por sua vez, também deseja Colombina.
Também servo de Pantaleão, Arlequim era um espertalhão preguiçoso e insolente, que tentava convencer a todos da sua ingenuidade e estupidez. Depois de entrar em cena saltitando, deslocava-se pelo palco com passos de dança e um grande repertório de movimentos acrobáticos. Debochado, divertia-se pregando peças nos outros personagens e depois usava sua agilidade para escapar das confusões criadas.
Outra de suas marcas-registradas era a roupa de losangos.
Outra de suas marcas-registradas era a roupa de losangos.
Criada de uma filha do patrão Pantaleão, mas tão bela e refinada quanto sua ama, Colombina era o pivô do triângulo amoroso que ficaria famoso no mundo todo. Para despertar o amor do Arlequim,
a romântica serviçal cantava e dançava graciosamente nos espetáculos.
a romântica serviçal cantava e dançava graciosamente nos espetáculos.
A história do trio enamorado sempre foi um autêntico entretenimento popular, de origem influenciada pelas brincadeiras de Carnaval. Apresentadas nas ruas e praças das cidades italianas, as histórias encenadas ironizavam a vida e os costumes dos poderosos de então. Para isso, entravam em cena muitos outros personagens,
além dos três mais famosos.
(Fonte: L'itinérance)
além dos três mais famosos.
(Fonte: L'itinérance)
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