sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Um poema solto

Às altas torres chegam os ventos tristes,
Na floresta do Norte brilha o Sol da manhã;
Ele vagueia lá em baixo, por distâncias infinitas.
Rios e lagos, tão profundos, tão longínquos. 

Que barca nos levará a essas margens?
E como custa a suportar - a solidão!
Voando para Sul, eis que um ganso selvagem
Lança ao passar um longo grito desolado. 

Segue a sua rota o meu desgosto, na direcção do ausente.
Que possa clamar-lhe a minha dor, em seu grito,
Aquela ave que no espaço já desaparece,
Asa que foge e me rasga o coração.

(Autor: Cao Zhi)

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