segunda-feira, 8 de julho de 2013

Ternuras de um peito amante


Quando poderei mui doce até
Dizer-vos do dito terno amor
Que ausente desejo me tornou,
E sem ele errante ‘stou a pé?


Quando poderei falar de flores
Aragens, água fresca, abelhas, mel,
Eu que sem amparo pus-me ao léu,
Que afinal sofro sem ele dores?


Quando desejar amor eterno
Que a vós venha de outrem, que dure,
Sentimento eterno que perdure
Mesmo sem ter pra mim a vós dou terno? 

(Autor: Charles Fonseca)

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