quinta-feira, 11 de julho de 2013

Púrpura

Retoco mais uma vez o batom.
Tento fingir-me intacta.
Mancho de roxo as taças onde bebo,
amargo com lágrimas o que toco.
Longos e vastos pensamentos e vestes.
Amanheço entrecortada;
sonho e dor.
Faço planos,
ando,
me agito.
As quaresmeiras confirmam:
é tempo de paixão.


(Autora: Elizabeth Gontijo)

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