terça-feira, 11 de junho de 2013

Passos da Quadrilha Junina

smilies


  Por volta dos séculos XII e XIV, os camponeses ingleses dançavam uma dança campestre, conhecida com “country dance”, na qual descendentes de celtas e saxões executavam velhos rituais pagãos num Reio Unido já cristianizado. Durante a Guerra dos Cem Anos, a dança se espalhou pela França, com o nome afrancesado de “contredance”.
    A dança perdeu o formato roceiro característico e tomou um estilo de dança nobre ou dança de corte nos principais reinados europeus. 
No Brasil, a dança de quadrilha, assim como era chamada em Portugal, foi trazida praticamente com a vinda da Família Real Portuguesa, em 1808.
   No Brasil, durante o período regencial, a dança de quadrilha causava grande frenesi entre a alta sociedade da época, principalmente
 com a vinda de orquestras de dança de Millet, Cavalier e Tolbecque. 
A dança se popularizou e aqui ganhou várias derivações como a “Quadrilha Caipira” em Minas Gerais, o “Baile Sifilítico” na Bahia e o “Saruê” no Brasil Central.

Os comandos da dança mais utilizados são:

BALANCÊ! Balançar o corpo no ritmo da música, marcando o passo, sem sair do lugar ("Balancê" é um grito de comando, repetido quase todas as vezes que um passo termina ). Quando um comando é dado só para os cavalheiros, as damas permanecem no BALANCÊ ou vice-versa.

ANAVAN! Cavalheiros tomam as damas e andam de mãos dadas até o centro do salão, as damas a esquerda dos cavalheiros. O casal de noivos fica sempre à frente da fila, como guia.

ANARRIÊ ! Os pares, ainda de mãos dadas, voltam em marcha-ré até o ponto em que estavam. Depois, damas e cavalheiros se separam, formando uma fila de cada lado, em frente ao seu par, separadas por uma distância de, mais ou menos 2,5m.

CAVALHEIROS CUMPRIMENTAM AS DAMAS! Os cavalheiros, balançando o corpo, com os braços atrás das costas, caminham até as damas e cada um cumprimenta a sua parceira, com mesura, quase se ajoelhando em frente a ela, tirando os chapéus.

AOS SEUS LUGARES! Voltam de costas para os seus lugares, com os braços para trás.

DAMAS CUMPRIMENTAM OS CAVALHEIROS! As damas, balançando as saias, caminham dançando até os cavalheiros e cada uma cumprimenta o seu parceiro, com mesura, levantando levemente a barra da saia.

AOS SEUS LUGARES! Elas também voltam de costas para os seus lugares.

BALANCÊ! As duas filas se aproximam e os pares requebram frente a frente, o balanceio, sem sair do lugar.

BEIJA FLOR ! Os pares seguem até o meio do salão, as damas estendem a mão direita para o cavalheiro beijar.

CORTESIA - Os cavalheiros dão um passo para trás sem largar a mão da dama, ficando semi-ajoelhados. As damas dão duas voltinhas pela esquerda, os cavalheiros levantam-se e aguardam o próximo passo.

TUR! Os pares dançam juntos. Com a mão direita, o cavalheiro abraça a cintura da dama. Ela coloca o braço esquerdo no ombro dele e dão um giro completo para a direita, sem sair do lugar.

GRANDE PASSEIO - Começa o passeio! De braços dados, os casais saem andando. As filas giram pela direita.

PREPARAR PARA A GRANDE RODA! Cada cavalheiro dá a mão direita à sua parceira. Todos passeiam em um grande círculo, balançando os braços, no ritmo da música.

A GRANDE RODA! Todos se dão as mãos formando uma roda e giram para a direita.

DAMAS AO CENTRO - Damas formam uma roda e os cavalheiros formam outra por fora. As damas giram para a direita e os cavalheiros para a esquerda.

CAVALHEIROS PROCURAM SUAS DAMAS! As damas param e os cavalheiros continuam rodando até alcançarem suas companheiras. Eles param a direita delas.

COROAR DAMAS - Os cavalheiros, de mãos dadas, erguem os braços sobre as cabeças das damas. Abaixam os braços, enlaçando as damas pela cintura. Nesta posição, se deslocam para o lado que o marcador pedir.

CAVALHEIROS AO CENTRO! Todos formam a grande roda de novo. Depois, os cavalheiros passam para dentro do cí¬rculo e giram para a direita. As damas giram para a esquerda.

DAMAS PROCURAM SEUS CAVALHEIROS! Cavalheiros param e damas continuam rodando até alcançarem seus parceiros. Elas param a esquerda dos seus cavalheiros.

PREPARAR PARA O CARACOL! Forma-se uma nova roda em uma única fileira.

OLHA CARACOL! O noivo, primeiro da fila, solta a mão direita e vai puxando os outros para dentro da roda, formando um caracol. Chegando ao centro, ele faz o caminho de volta. Os que forem saindo do caracol formam uma fila única.

DAMAS À FRENTE DE SEU CAVALHEIRO! Cada dama à frente do seu parceiro. Seguem na caminhada, formando um grande círculo contínuo, braços livres, balançando.

CAMINHO DA ROÇA - Damas e cavalheiros saem dançando, mantendo o círculo, em fila .

OLHA A CHUVA! Os cavalheiros levantam os braços, cobrindo a cabeça de sua dama com as mãos, protegendo-a. Seguem dançando em fila.

JÁ PASSOU! Todos dizem "Eeehhh". Seguem dançando...

OLHA A COBRA! Todos pulam e gritam “aiiiiiiiiiii". Seguem dançando...

É MENTIRA! Todos dizem "Aaahhh". Seguem dançando...

A PONTE QUEBROU! Damas e cavalheiros, que estavam andando para a direita, voltam-se e caminham em sentido contrário. Seguem dançando...

JÁ CONSERTOU! Damas e cavalheiros voltam a caminhar para a direita. Seguem dançando...

PREPARAR PARA O TÚNEL! Cada cavalheiro dá a mão direita à sua parceira e ficam no "Balancê".

OLHA O TÚNEL! De mãos dadas os pares seguem em fila, ainda em círculo . O casal guia (os noivos) pára, levanta os braços, voltados para dentro, formando um arco. O segundo casal, de mãos dadas, passa por baixo e ao sair levanta os braços em arco, imediatamete. O terceiro casal passa pelos dois e faz o mesmo. O procedimento se repete até que todos tenham passado pelo túnel. Seguem dançando aos pares até novo comando...

ANAVAN TUR - A dama e o cavalheiro dançam como no TUR. Após uma volta, a dama passa a dançar com o cavalheiro da frente. O comando é repetido até que cada dama tenha dançado com todos os cavalheiros e alcançado o seu parceiro.

AGORA... A DESPEDIDA! Em fila, os pares se despedem dos convidados. As damas acenam com as mãos e os cavalheiros com seus chapéus.

ZEFINI! Fim!

(Fonte: educacimba-pm)
smilies

Nenhum comentário:

Postar um comentário