UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

terça-feira, 11 de junho de 2013

Mastro de São João



O mastro de São João, conhecido em Portugal 
também como o mastro dos Santos Populares,
 é erguido durante a festa junina para celebrar
 os três santos ligados a essa festa. 
No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas, 
em geral, três bandeirinhas simbolizando os santos. 
Tendo, hoje em dia, uma significação cristã 
bastante enraizada e sendo, entre os costumes de São João,
 um dos mais marcadamente católico, o levantamento
 do mastro tem sua origem, no entanto,
 no costume pagão de levantar o "mastro de maio",
 ou a árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.
Além de sua cristianização profunda em Portugal e no Brasil,
 é interessante notar que o levantamento do mastro de maio
 em Portugal é também erguido em junho
 e a celebrar as festas desse mês — o mesmo fenômeno também
 ocorrendo na Suécia, onde o mastro de maio, "majstången",
 de origem primaveril, passou a ser erguido
 durante as festas estivais de junho, Midsommarafton
O fato de suspender milhos e laranjas ao 
mastro de São João parece ser um vestígio de práticas pagãs
 similares em torno do mastro de maio.
 A tradição do Cambeiro é celebrada em Janeiro.
Hoje em dia, um rico simbolismo católico popular 
está ligado aos procedimentos envolvendo 
o levantamento do mastro e os seus enfeites.

(Fonte: pt.wikipedia.org)

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