domingo, 19 de maio de 2013

Saltimbanco


O não mais espumoso vinho dos abismos
O cauterizado testemunho de um instante de beleza:
O ritmo do oceano
O palco
e a metade da cama para o falso poema
O saltimbanco

Ou o sangramento
da perda de um deus a cada assalto
O cadafalso
O semi-destroçado frêmito de um destino cego de antemão
O não mais aceito rito do ofício O ofício:
esta rasura do corpo sendo esquecido
O esquecimento
O desabitado segredo das palavras.

(Autor: Max Martins)

Nenhum comentário:

Postar um comentário