quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Bálsamo Supremo


Como a estrela, a correr no firmamento,
Cai da ilusão em treva convertida,
 A esperança, a correr no pensamento,
Se envolve em treva e cai desiludida!...


Então o prazer, soprado pelo vento,
E a ventura em nevoeiro diluída,
Abandona o peito ao sofrimento,
Gravando na memória a dor sofrida.

E a alma anoitece. E quando passa o dia
Logo lhe esquece a luz de uma alegria;
Os anos passam... e não esquece a dor!...

Mas sempre, a alma, à desventura unida,
A dor ingênita a sofrer na vida,
Por bálsamo supremo __ tem o Amor!

(Autora: Maria Isabel da Câmara Quental)

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