quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sobe o Pano


Onde se solta o estrangulado grito
Humaniza-se a vida e sobe o pano
Chegam aparições dóceis ao rito
Vindas do fosso mais fundo do humano.

Ilumina-se a cena e é sobretudo,
No palco, o real oculto no conflito.
É tragédia? É comédia? É, por engano,
O seqüestro de um deus num barro aflito?

É o teatro: a magia que descobre
O rosto que a cara do homem cobre;
E refletidos no teu espelho - o ator -

Os teus fantasmas levam-te para onde
O tempo puro que te corresponde
Entre horas ardidas está em flor.

(Autora: Natália Correa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário