domingo, 14 de outubro de 2012

Horas Mortas

Horas mortas... silêncio do luar
Descendo sobre as águas;
E os rochedos na sombra a meditar
E o vento adormecendo as misteriosas mágoas.

Horas mortas... Fantástica paisagem...
Ó bailado das sombras pelo chão!
É quando me aparece o luar da sua imagem
No sem luz que leva ao coração.

Horas mortas de sonho e de mistério,
Em que as almas e as coisas entristecem;

  E os mortos, ao luar, no cemitério,
Se levantam da campa e os vivos adormecem...

Horas mortas da noite, em que medito;
Paisagem da saudade...
Horas mortas, perdidas no infinito,
Quando a vida se eleva e alcança a Eternidade...

(Autor: Anrique Paço D’Arcos)

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