segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Febre


Derramarei na taça ardente
Os sonhos, a morte, a vida
Mil pensamentos perdidos
Mil ecos e canções tristes
A juventude esquecida.

Derramarei na taça quente
O veneno mortal das serpentes
Ou o néctar fresco das flores?

Qual poção mágica e fria
Refrescará a dor latente?
Que caminhos entrelaçados
Conduzirão, inexoráveis
A beber do amor fervente?

Talvez o sono seja o meu socorro.
E, então, consiga repousar
O coração que sente
Tanto, tanto
Que , quem sabe arrebente
Ao sorver da taça ardente.

(Autora: Vera Muniz)

Nenhum comentário:

Postar um comentário