quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Bálsamo Supremo



Como a estrela, a correr no firmamento,
Cai da ilusão em treva convertida,
A esperança, a correr no pensamento,
Se envolve em treva e cai desiludida!...

Então o prazer, soprado pelo vento,
E a ventura em nevoeiro diluída,
Abandona o peito ao sofrimento,
Gravando na memória a dor sofrida.

E a alma anoitece. E quando passa o dia
Logo lhe esquece a luz de uma alegria;
Os anos passam... e não esquece a dor!...

_Mas sempre, a alma, à desventura unida,
A dor ingénita a sofrer na vida,
Por bálsamo supremo __ tem o Amor!

(Autora: Maria Isabel da Camara Quental)

Nenhum comentário:

Postar um comentário