domingo, 23 de setembro de 2012

Mundo Imaginário



Sob o olhar desta tarde,
quantas horas revivem
e morrem
de uma nova agonia? 

Velhas feridas se abrem,
de novo somos julgados, o que era tudo some-se
e num mundo fechado outras vigílias doem.

A noite se organiza e, no entanto, ainda restam
certas luzes ao longe. 

Ah, como encher com elas
este ser já não-ser que se dissolve e deixa
vagos traços na tarde?

(Autor: Emílio Moura)

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