sábado, 28 de julho de 2012

Da Solidão


Inquieta chuva,
inquieta me dispersa,  
esquecida a tradição
e o cansado som.
Dentro e fora de mim
tudo é deserto
como se as ervas
fossem arrancadas
ou se esgotasse a dor
por que se chora. 
Na grande solidão me basta,
e a contemplo
para o sonho interior
que me resolve!
Tão fácil é esperar,
que já nem sinto
o que vem a dormir
ou a morrer
na mesma angústia
que o silêncio envolve.

(Autora: Maria Alberta Menéres)

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