Category: | Books |
Genre: | Literature & Fiction |
Author: | Margaret George |
Sinopse: Escritas na primeira pessoa, As Memórias de Cleópatra começam com as suas recordações de infância e vão até ao seu glorioso reinado, quando o Egito se torna num dos mais deslumbrantes reinos da Antiguidade. As Memórias de Cleópatra são uma saga fascinante sobre ambição, traição e poder, mas também são uma história de paixão. Depois de ser exilada, a jovem Cleópatra procura a ajuda de Júlio César, o homem mais poderoso do mundo. E mesmo depois do assassinato daquele que se tornou o seu marido e da morte do segundo homem que amou, Marco Antônio, Cleópatra continua a lutar, preferindo matar-se a deixar que a humilhem numa parada pelas ruas de Roma. Na riqueza e autenticidade das personagens, cenários e ação, As Memórias de Cleópatra são um triunfo da ficção. Misturando História, lenda e a sua prodigiosa imaginação, Margaret George dá-nos a conhecer uma vida e uma heroína tão magníficas que viverão para sempre.
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O Egipto é um país riquíssimo em segredos, mistérios e história. Não me recordo quando começou a minha paixão pela civilização egípcia mas, as pirâmides, a esfinge, Luxor e o rio Nilo sempre me intrigaram. A dinastia ptolemaica é, no entanto, a que menos me fascina.
A sucessão de Ptolomeus e Cleópatras nunca me atraíram muito. Mas eis chega a Cleópatra das Cleópatras! Como é que uma mulher manteve César longe do Egito? Foi com esta premissa que me lancei nesta leitura, mesmo sabendo que este livro não é propriamente, um relato fiel e histórico.
Tive uma agradável surpresa! Margaret George tem descrições incrivelmente belas que são tesouros e catapultas para a imaginação do leitor. As ruas de Alexandria, os cheiros, o calor abrasador do deserto e a exuberante paleta de cores dos Triunfos romanos que ela nos presenteia são tão tangíveis que me deixaram extasiada. A perplexidade de César face à Esfinge e às pirâmides foi igual à minha ao constatar o quão detalhada Margaret George consegue ser e, em imomento algum fiquei cansada. Muitos dos acontecimentos históricos narrados são sobejamente conhecidos: a morte de Pompeu e o primeiro encontro entre Júlio César e Cleópatra contudo, a escritora impõe ritmo e personalidade a personagens tão famosos quanto Marco Antônio e Otávio.
A escritora brinda-nos através do olhar de Cleópatra com Alexandria e Roma revestidas de majestade e esplendor. A mentalidade egípcia contrasta com a romana neste belíssimo livro! Porém, ter Cleópatra como narradora pode também ser tendencioso. Para autora significa que ela tem de estar em todos lugares e momentos, o que torna o final muito romanceado. Ver tudo na perspectiva da rainha egípcia é algo subliminar e quase que desejei a opinião de uma outra personagem.
Ainda assim, A Filha de Ísis é uma leitura absorvente e uma viagem ímpar à época em que o império romano se erguia e o egípcio, orgulhoso do passado, definhava!
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